quinta-feira, 21 de agosto de 2008

TRANSFUSÃO DE SANGUE

A carência de sangue em hospitais, não é um problema exclusivo dos humanos. Os animais também passam por cirurgias, apresentam quadros de anemia ou mesmo traumatismos como atropelamentos e demais acidentes, fazendo com que a necessidade de sangue torne-se imprescindível para a vida do animal.
A transfusão de sangue (sangue total) é um método antigo, pois assim como para as pessoas, já existe sangue de forma fracionada, sendo este método mais eficaz do ponto de vista terapêutico.
Doar sangue é necessário para salvar vidas e também traz benefícios para quem doa, pois assim que ele é retirado do organismo, ele passa por uma série de exames que podem detectar doenças precocemente, ajudando assim este doador que poderá saber precocemente da necessidade de tratamento de uma doença que até então ele não saberia se não doasse sangue.
Quanto aos doadores, eles são submetidos a rigorosa seleção. Em primeiro lugar é realizado uma detalhada avaliação clínica, análise de sua condição corpórea, a realização de exames laboratoriais, como o hemograma e algumas sorologias para as mais diferentes doenças e somente a partir daí, é que o sangue é estocado e disponibilizado para transfusão.
Qual é o perfil do doador de sangue ?
1)-Cães e gatos entre 1 e 8 anos
2)-Cães acima de 25 kg e gatos acima dos 3.0 kg
3)-Vacinados e vermifugados
4)-Não estar prenhe (gestante)
5)-Não ter feito cirurgia recentemente
6)-Estar clinicamente saudável
7)-Apresentar temperamento dócil preferencialmente
O sangue coletado é utilizado para animais que sofreram perda sanguínea causada por atropelamentos, intoxicações, cirurgias, importantes infecções, entre outros motivos.
Quanto aos tipos sanguíneos, estes são inúmeros, tantos que seria impossível quantificá-los. Obviamente existe um protocolo que deverá sempre ser obedecido com relação a prevenção das reações anafiláticas (alergia) provocadas por sangue incompatíveis, como por exemplo os primeiros 15 minutos de transfusão são importantíssimos para que ocorra uma reação alérgica, desta forma, a transfusão deverá ser realizado muito lentamente, gota a gota. Não ocorrendo reação alérgica nesta fase, a transfusão poderá ser concluída.
Dr. Marcos Fernandes
Consultor em Homeopatia Veterinária

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia Dr. Marcos, sou estudante de veterinaria, gostaria de saber se vc me autoriza a utilizar esse seu texto em um trabalho da faculdade?

Dr. Marcos Fernandes disse...

Claro que sim!
A principal intenção do Blog é a divulgação de informações referentes a medicina veterinária, que no caso estão obviamente superficiais pois as mesmas também atingem o público leigo.
Felicidades no curso de veterinária!